O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de
ressentimento ou raiva contra outra pessoa ou contra si mesmo, decorrente de
uma ofensa percebida, diferenças, erros ou fracassos, ou cessar a exigência
de castigo ou restituição. O perdão pode ser considerado simplesmente em
termos dos sentimentos da pessoa que perdoa, ou em termos do
relacionamento entre o que perdoa e a pessoa perdoada. É o esquecimento
completo e absoluto das ofensas, vem do coração, é sincero, generoso e não
fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes, tampouco é
motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos
atos e não pelas palavras. Existem religiões que incluem disciplinas sobre a
natureza do perdão, e muitas destas disciplinas fornecem uma base subjacente
para as várias teorias modernas e práticas de perdão. Exemplo de ensino do
perdão está na “parábola do Filho Pródigo” (Lucas 15:11–32).
Normalmente as doutrinas de cunho religioso trabalham o perdão sob duas
óticas diferentes, que são:
1) Uma ênfase maior na necessidade das faltas dos seres humanos serem
perdoadas por Deus;
2) Uma ênfase maior na necessidade dos seres humanos praticarem o perdão
entre si, como pré-requisito para o aprimoramento espiritual.
Mas o mais importante de tudo isso é quando você descobre que: Perdoar é
uma decisão.
Perdoar a si mesmo é um gesto de cuidado.
Perdoar o outro é um gesto nobre de compaixão.
O perdão nos coloca mais próximo da parte mais nobre do nosso ser, pois para
perdoar é necessário entrar em contato com nosso Eu Superior e permitir que
esse nossa essência enxergue o Eu Superior do outro por pior que ele tenha
feito com você.
Nada é por acaso. Fazemos parte de uma grande teia cheia de nós, de
caminhos, de encontros e de desencontros … um verdadeiro processo de
aprendizado e evolução onde o perdão fará parte em algum momento desse
Nos treinamentos percebemos que a nossa parte sábia sempre opta pelo perdão.
Ao olhar nos olhos no joken-pô já nos emocionamos porque muitas vezes ali já
percebemos que quem amamos muitas vezes são aqueles a quem precisamos
Na raiva, após a explosão da cartase, chamamos por alguém (pai, mãe, filho,
Deus, avô, avó, marido, esposa, enfim de alguém que sabemos que pode nos
ajudar) para nos ajudar a perdoar àquele a quem batemos.
No colchão ouvimos o pedido de perdoar da essência de nossos pais que
erraram conosco porque talvez erraram com eles.
Na terapia da morte às vezes pedimos perdão.
Mas é no jardim que muitas vezes decidimos perdoar, é a sensação que fica é
a de estarmos, com o perdão, mais próximos da verdade e mais próximos de
Se Deus perdoa a todo instante por todos os nossos erros, nossas falhas,
nossas vícios, quem somos nós para não nos perdoarmos e recomeçarmos
todos os dias um novo capítulo. Quem somos nós para não perdoarmos a
condição humana do outro e as suas falhas para conosco.
Dói… dói! Mas dor é condição humana, sofrimento é opção e perdão é decisão
e muitas vezes o único caminho para a cura.
Para perdoar é necessário aprender a olhar além do óbvio, a entender a
condição humana do outro, a aceitar que ele também está ou estava num
processo de evolução no mundo.
Mágoas são canceres emocionais. E perdoar, libertar-se dessas mágoas, é a
carta de alforria do passado. E carta de alforrias são as chaves para sua cura e
para a sua liberdade.
Podemos ser escravos do passado ou criadores do futuro: qual será a sua
opção a partir de agora.
Lembrem-se de que ainda da tempo de perdoar… ainda dá tempo de se
perdoar… e recomeçar.
Emerson Feliciano
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